sexta-feira, outubro 24, 2008

O uso do MSN nas escolas



As Tecnologias da Informação e Comunicação adentram cada vez mais nas salas de aula. Um dos argumentos para o uso desses recursos nas aulas é aproximar a realidade do aluno às ações escolares. Mas para que isso seja feito de forma ‘pedagogicamente correta’ é necessário que o professor tenha clareza das possibilidades pedagógicas do recurso que pretende utilizar e também um planejamento bem definido, com os objetivos de aprendizagem que os alunos precisam alcançar, uma estratégia interessante e envolvente e critérios claros de avaliação, não só da aprendizagem do aluno como também do processo dessa aprendizagem.
O uso do MSN
O MSN é uma ferramenta de comunicação síncrona. Ou seja, as pessoas se comunicam ao mesmo tempo, de lugares diversos. Quais as benesses dessa ferramenta para o processo educacional? Podemos pensar em dois tipos de atividades:
(a) Atividades que ocorram dentro da sala de aula, como: promover o intercâmbio entre os meus alunos e outros alunos de lugares e culturas diversas; estimular a discussão escrita sobre algum conteúdo, através do bate-papo, no laboratório da escola;
(b) Atividades que ocorram fora da sala de aula, como: promover o contato entre meus alunos em momentos extra-sala de aula (eles podem fazer isso para discutir algum conteúdo, para planejar a organização de algum trabalho do grupo, etc.); tirar dúvidas de meus alunos em momentos extra-sala de aula.
Como vimos acima, o MSN pode ser utilizado como um recurso pedagógico. Só é necessário que se tenha um objetivo claro, não só para o professor como para os alunos. Haverá momentos de dispersão, mas com uma boa orientação sobre as ‘regras’ da conversa, os alunos se concentram e participam adequadamente.
Quando o uso do MSN não é adequado? Quando o aluno está batendo papo com outras pessoas que estão em outro ambiente que não o da sala de aula ou mesmo com o coleguinha da classe, no laboratório, para conversar sobre outros assuntos e se dispersar da atividade que está sendo realizada.
Deve-se proibir o uso ou bloquear o MSN no laboratório da escola? Acredito que o laboratório deve ter critérios de usabilidade bem definidos pela escola. Mas esses critérios não podem ser extremamente repressivos. As vezes, a escola reprime tanto os critérios de acesso que o bloqueio de uma simples palavra como ‘sexo’ pode inviabilizar o uso do laboratório por muitos professores, como por exemplo, o professor de biologia. Como ele vai trabalhar o sistema reprodutor com seus alunos se nenhuma página com a palavra ‘sexo’ ou ‘sexual’ pode ser aberta? É preciso ter cuidado em não limitar demais o acesso dos laboratórios das escolas. O mais apropriado é educar os usuários do laboratório escolar para seu uso adequado. Se o laboratório é só para aulas, o professor deve orientar seus alunos para que ações serão realizadas na aula e discutir com eles os efeitos da dispersão. Caso o aluno não corresponda às orientações deve-se conversar individualmente com ele, explicando os objetivos da atividade no laboratório e que, se ele deseja fazer outras atividades com o computador ele deve fazer em casa ou em uma lan-house.
Se o laboratório é utilizado para consultas e pesquisas dos alunos, além das aulas, é importante que os usuários também sejam educados para seu uso. A escola pode limitar o tempo de cada aluno para usar o laboratório, como uma hora por dia. O que ele vai fazer no computador é problema dele. Se ele vai usá-lo para pesquisar assuntos dos trabalhos, responder e-mails ou conversar no MSN, tanto faz. Pode-se proibir, claro, acesso a páginas pornográficas, não por puritanismo, mas por uma questão legal, que é a idade apropriada para o acesso a esses sites. Além disso, o aluno deve saber que esse tipo de sites deve ser acessado de forma mais privativa, em sua própria casa.
A repressão não educa! Mas, ter clareza e compreensão de como agir em cada espaço social (na escola, em casa, na casa dos colegas, em espaços públicos, etc.) é educativo.

sexta-feira, maio 16, 2008

A (in)eficiência da escola e as tecnologias na Educação ou A barbárie na escola e o professor


É interessante como, muitas vezes, esquecemos da escola real e de como ela é!
Ficamos falando em Tecnologias da Informação e Comunicação, de cibercultura, ciberespaço, Educação a distância, plataformas virtuais, m-learning e pensamos que o nosso público-alvo são todos os cidadãos em condições de educação. Bom, acho que nosso público é limitado, e BEM limitado.
Várias vezes, falando de como podemos usar essas tecnologias na escola para alunos/as de Pedagogia que já enfrentam o dia-a-dia das escolas públicas eu penso em como ainda estamos longe de uma sociedade digital ou de uma cibercidadania!
E isso não é culpa dos professores que estão na escola. Os artigos geralmente indicam que os professores não se atualizam, que ainda estão na era do 'ditar-falar', que ainda trabalham conteúdos distantes da realidade dos alunos!
E eu penso: os professores até que se atualizam, mas, geralmente, não possuem o recurso adequado e com manutenção na escola. O que fazer se o laboratório de informática ou o vídeo/TV da escola estão sucateados, quebrados e sem nenhuma possibilidade de conserto? Como trabalhar criatividade, imaginação, em salas escuras, quentes, fechadas, sujas e pequenas? Como adequar uma prática progressista a um currículo engessado e antiquado? Será que as realidades de muitos de nossos alunos (de violência, miséria, fome, abandono) são mesmo interessantes para trazermos para a sala de aula? E o que falar das 'equipes pedagógicas' que nos orientam a 'empurrar com a barriga', 'ir levando', 'gritar mais alto que os alunos', 'deixar de castigo', 'proibir recreio, passeio...'
Acho até que nossos alunos/professores já fazem milagre nas escolas. Vejo experiências exitosas que são verdadeiras obras de arte diante de um quadro de verdadeira barbarie na escola fundamental.
E então, eu que antes me sentia mais próxima de uma realidade mais adequada ao que eu considero como um momento de transição entre uma educação de péssima qualidade e uma de melhor qualidade, me sinto mais longe ainda... Aquela luz que eu via no fim do túnel vai ficando mais difusa e embaçada...
Mas, vamos lá, não estou negando avanços, nem fraquejando! Apenas voltando à superfície para buscar mais força nos olhares questionadores e em conflito da realidade.
Respirar fundo... Mergulhar de novo!

quarta-feira, maio 14, 2008

Reticências

As vezes as pessoas somem...
Agente fica a se perguntar: o que foi feito delas?
A correria do dia-a-dia nos faz esquecer as amenidades.
só pensamos nas obrigações, atividades, teses pra escrever, contas pra pagar...
Aquele texto pra escrever pra o próximo congresso, aquela palestra...
[adoro reticências...]
precisávamos de reticências para o dia-a-dia...
elas poderiam nos ajudar a deixar as obrigações esperando...
para daqui a pouco, para amanhã...
e vamos cuidar das amenidades!
o que são elas?
Ah, aquela cervejinha no fim do expediente para contar as novidades, para reclamar do colesterol, da balança, do joelho [eita, passou uma morena de responsa!]
Ah, lembrar daqueles tempos, em que achávamos que queríamos ser felizes! [eita, felicidade é esse gostinho amargo dessa skol] desceu redondo????
ah, amenidades são as piadas de bolso que todos já ouviram mas insistimos em contar, mas como são engraçadas, como são divertidas!
Ah, amenidades são as nossas caras de bobos depois da terceira skol.
Para amenidades não queremos reticências [embora eu adore elas...]
Reticências são possibilidades. Possibilidades são muitas. Não existe essa ou aquela, podem ser muitas, muuuuuuuuitas...
Mas não escolhemos as amenidades! Escolhemos as obrigações...
E então, sumimos! Pufh!
Abracadabra! Apareça!

domingo, maio 04, 2008

Dividir


Felicidade eu aprendi a dividir!!!
Felicidade, eu aprendi...
Felicidade...

Eu aprendi assim...
Dividindo.
Dividindo o pão, Tinha hora que era muito ruim ter 6 irmãos...
Dividindo também a pisa, dividindo a bronca! (outras vezes era muito bom... Não tem braço que aguente dar tantas palmadas, pena que ela sempre começava pelas mais danadas. Acho que eu era a primeira ou segunda da lista...)

Aprendi... Que bom que aprendi...
É tão bom ter curiosidade, ter vontade, vasculhar, ler, bagunçar...
cansar de procurar, de catucar...

Que bom é cheiro de livro velho, livro que se pode ter...
Que bom é pão com banana...
Que bom é ovo com arroz branco!
Que bom é farinha torrada!!!
Que bom é colo de mãe com sono, água com fome, sono com lágrima...
Que bom é tanto irmão... Ensina a gente a ser GENTE!
Aprendi a ler e escrever com minha irmã (ANA PADILHA),
aprendi a me defender com minha irmã (JAQUELINE PADILHA)
aprendi a ouvir com minha irmã (CRISTINA PADILHA)
aprendi a ser mais traquila com minha irmã (FÁTIMA PADILHA)
aprendi a fazer farra com meu irmão (ALEX PADILHA - o mais competente!!)
aprendi a compreender a vida pelos olhos dos miseráveis com meu irmão (CARLOS PADILHA).
Aprendi a ser alguém na vida com minha mãe (MARIA PADILHA)
Precisava escola?????

Hoje, então, eu quero dividir...
Isso tudo transborda em mim, isso tudo borbulha em minha garganta...
Querem um pouquinho?
Toma...

Ontem eu fiz 41 anos!
Parabéns para quem aprendeu a viver!
bjs em todos vocês que eu amo e, por isso, quero dividir um pouquinho de minha felicidade.



Auxiliadora Padilha

quarta-feira, abril 09, 2008

Estudar didática pode ser legal!

A representação que os alunos de licenciatura em Educação Física fazem da disciplína de Didática no Centro de Educação, geralmente, não é das melhores. Chegam sem expectativas, achando que vão apenas ler muitos textos (coisa que, em geral, abominam) e assitir aulas chatas e monótonas. Acreditam que vão 'aprender a ensinar', ou seja, aprender algumas técnicas, dinâmicas, como preparar provas, etc... coisas assim, chatas mesmo...
Mas então, logo no começo peço-lhes que façam uma entrevista com algum professor que tiveram ou que têm atualmente, sobre o conceito de Didática. Discutimos vários conceitos e depois vamos à teoria. Ela é importante para nossa formação. Ela é necessária para que ultrapassemos o 'eu acho'. Não estamos numa universidade para 'achar' nada, mas para termos OPINIÃO. Opinião formada por estudos teóricos e confrontados com a prática. A nossa própria prática, enquanto alunos, enquanto professores (muitos já exercem a profissão) e enquanto estudiosos da nossa profissão.
Fazemos informes publicitários (trabalhamos, assim, coma s tecnologias). Blogs, sites, entrevistas para televisão, para rádio, filmamos algumas experiências nos nossos celulares... Assistimos filmes, fruimos e refletimos sobre a realidade e sobre as possibilidades de fazer uma educação gostosa, interessante e comprometida com o nosso aluno.
Mas também não podemos esquecer a construção da competência política, a compreensão da realidade educacional através do entendimento do contexto social, político, econômico. Nã adianta 'fazer gostoso' sem compromisso com uma formação crítica, consciente, ativa e propositiva. É preciso ter prazer no esforço que é aprender. Porque aprender dá trabalho, mas pode o trabalho a cada dia está se relacionando melhor com o prazer..
Didática não é chato como pensamos, eles podem pensar no futuro e, então, podemos ensinar que aprender também não é só ir pra escola, mas aprender é um processo contínuo e prazeroso, que pode acontecer tanto na escola como fora dela.

sexta-feira, março 28, 2008

Por uma educação de verdade!



É difícil falar em como nos sentimos derrotados quando vemos que por mais que nos dediquemos, nos entusiasmemos com alumas experiências exitosas, de repente acabamos achando que estamos perdendo a guerra. Porque, na verdade, é uma guerra mesmo!
Ver que perdemos alguém tão importante para a Educação como João Francisco por causa da falta de justiça social que temos em nosso país não só nos entristece, como nos revolta e nos desanima.
Mas não devemos desistir. Vamos perseguir o sonho de João, de Paulo, de Anísio, de Florestan, de tantos e tantos que morreram buscando realizar seu sonho: ver o povo educado, digno, consciente!
É João, vamos sonhar e lutar também por você daqui por diante!

domingo, março 23, 2008

entusiasmo em Educação


Como é legal ver as pessoas entusiasmadas com a educação!
Na última aula, com meus alunos de Didática (alunos de Educação física, história, geografia, artes plásticas e cênicas) fiquei muito feliz!
Eles tinham se preparado pra apresentar 'sua parte' em 20 minutos. Ficamos discutindo 1h30...
Discutimos sobre experiências exitosas, situações difíceis, alegres, conflitantes...
Essa é nossa Educação. Essa é nossa escola.
Sinto-me feliz em vê-los empolgados em discutir propostas para uma mudança e não apenas em reclamar da situação que constatam.
É isso aí, turma!
Essa é a essência da formação de nossa identidade: interagir, debater, procurar soluções, saídas, e... também agir!
Nao fiquem parados com uma idéia na cabeça. Façam funcionar.

segunda-feira, março 03, 2008

Cabo Verde: descobrindo a terrinha...


Estive em Cabo Verde para uma missão de formação de professores para Educação a Distância. Experiência inesquecível que quero compartilhar com vocês.
Cabo Verde é um arquipélago formado por 10 ilhas, destas 9 habitadas e mais 8 ilhéus, localizado na costa do continente Africano. O país possui uma extensão territorial de 4033Km2.
Como o Brasil, Cabo Verde também foi colonizado pelos portugueses. Entretanto, diferentemente do nosso país, o arquipélago africano conseguiu sua independência republicana apenas em 1975 e sua relação com o ex-colonizador ainda é bastante estreita.
A língua mãe (Criolo) não é ensinada nas escolas, mas resiste bravamente à língua portuguesa. Esta sim, língua ensinada nas escolas cabo-verdeanas. O cidadão cabo-verdeano fala criolo em todas as situações chamadas ‘não-formais’, mas toda a linguagem escrita e a falada nas situações sociais ‘formais’ é a língua portuguesa. Além da forte presença de portugueses nas ilhas, sua capital, a ilha da Praia, é lotada de estrangeiros. Não se anda pelo Platêau (parte plana da cidade) sem encontrar pelo menos duas lojas de proprietários chineses em cada rua. O mais difícil é achar locais que comercializem produtos nacionais. Quase tudo é importado em Cabo Verde, inclusive a maior parte da programação televisiva. A cidade parece estar em construção. Além dos vários prédios em construções em todos os lugares da ilha, propagandas de imobiliárias e construtoras pululam nas propagandas de out-door, jornais, revistas e televisão. Chineses, americanos, europeus invadem o país em busca de oportunidades que não se sabe se estão disponíveis também para os nativos.
As ruas estão sempre cheias. As pessoas alegres, bonitas e receptivas, muito parecidas com os brasileiros, lotam as ruas estreitas. Também há muito carros, novos e caros, demonstrando a grande efervescência econômica da região. As crianças são as que mais chamam atenção, com seus uniformes cinzas estão sempre a entrar ou sair das escolas. Cabo Verde aderiu ao Tratado de Jomtien e implementou uma reforma do Ensino Básico, passando-o de 4 para 6 anos, tornando o seu acesso universal. Com isso, o Ensino Secundário passou a sofrer uma enorme pressão, tendo de ampliar sua infra-estrutura e quadro docente, a ponto de recorrer à um projeto de cooperação com Portugal para o envio de docentes que suprissem as necessidades decorrentes dessa pressão.
Sendo assim, o ingresso no Ensino Superior também está a demandar ampliação. Diante disso, e por ser um arquipélago, a Educação a Distância é uma saída excelente e menos cara para a democratização do Ensino Superior nas diversas ilhas do país.
Os professores, então, do Instituto Superior de Ensino (ISE), estão empolgados e acolhem a idéia da EAD com naturalidade, mas não sem um pouco do preconceito natural de quem ainda não detém de todas as informações sobre a EAD na contemporaneidade. Mas, assim que se discute e se ampliam as informações sobre as possibilidades pedagógicas desta modalidade de ensino, o compromisso e a vontade de ampliar as condições sociais e educacionais de seu povo são mais fortes que os preconceitos, que passam a ser substituídos por conceitos mais substancialmente apropriados e adequados à realidade daquele país e da sociedade como um todo.
Apesar de não ter tido tempo para conhecer a cidade, mas, conhecer as pessoas que conviveram comigo nesta semana foi uma experiência inesquecível, tanto para minha experiência profissional como pessoal.

sábado, fevereiro 23, 2008

Luis Gonzaga - O rei do Baião (clique aqui)


A dança que Luiz Gonzaga ensinou

"Eu vou mostrar pra vocês
como se dança o baião
e quem quiser aprender
é favor prestar atenção"
(Baião, Luiz Gonzaga/ Humberto Teixeira, 1946)


Como outros gêneros, o baião designou inicialmente um tipo de reunião festeira dominada pela dança. O folclorista Câmara Cascudo o associa aos termos "baiano" e "rojão". Este último seria o pequeno trecho musical executado pelas violas no intervalo dos desafios da cantoria. Quem imprimiu o formato urbano (e portanto pop) ao gênero foi o sanfoneiro pernambucano Luiz Gonzaga do Nascimento (1912-1989). Imigrante pobre no começo da década de 40, Gonzaga passava o pires nos bordéis do Mangue carioca enquanto tirava na sanfona valsas, sambas e serestas de sucesso na época. Estimulado por frequentadores conterrâneos anexou a seu repertório "coisas do sertão", entre elas o baião. Com o primeiro parceiro o fluminense Miguel Lima compunha mais mazurcas, calangos e ritmos adjacentes. Associado ao compositor e advogado cearense Humberto Cavalcanti Teixeira (1916-1979) obteve o respaldo poético telúrico que lhe faltava. Mas Teixeira admitia que a idéia tinha sido do parceiro. Em depoimento ao pesquisador Miguel Angelo de Azevedo, o Nirez, reproduzido no livro Vida do viajante: a saga de Luiz Gonzaga, de Dominique Dreyfus (Editora 34, 1996), ele garantiu que Gonzaga planejou meticulosamente o lançamento nacional do baião, junto com outros gêneros nordestinos.

O ritmo binário do baião, vestido por melodias dolentes muitas delas em modo menor, foi devidamente estilizado, amaciado para o paladar urbano pelo sanfoneiro. Antes dele, o cearense Lauro Maia (Teles, 1912-1950), autor entre outros do sucesso Trem de Ferro, gravado por João Gilberto, fez a primeira tentativa de emplacar um gênero nacional a partir do nordeste, através do balanceio, gravado com algum êxito pela dupla Joel e Gaúcho (Marcha do Balanceio) e dos Vocalistas Tropicais (Tão Fácil, Tão Bom).

Fonte: http://www.reidobaiao.com.br/baiao

Manguebeat - do Recife para o mundo (clique aqui)

Manguebeat (também grafado como manguebit ou mangue beat) é um movimento musical que surgiu no Brasil na década de 90 em Recife que mistura ritmos regionais com rock, hip hop, maracatu e música eletrônica.

Esse estilo tem como ícone o músico Chico Science, ex-vocalista, já falecido, da banda Chico Science e Nação Zumbi, idealizador do rótulo mangue e principal divulgador das idéias, ritmos e contestações do Manguebeat. Outro grande responsável pelo crescimento desse movimento foi Fred 04, vocalista da banda Mundo Livre S/A e autor do primeiro manifesto do Mangue de 1992, intitulado "Caranguejos com cérebro".

O objetivo do movimento surgiu de uma metáfora idealizada por Zero Quatro, ao trabalhar em vídeos ecológicos. Como o mangue era o ecossistema biologicamente mais rico do planeta, o Manguebeat precisava formar uma cena musical tão rica e diversificada como os manguezais. Devido a principal bandeira do mangue ser a diversidade, a agitação na música contaminou outras formas de expressão culturais como o cinema, a moda e as artes plásticas. O Manguebeat influenciou muitas bandas de Pernambuco e do Brasil, sendo o principal motor para Recife voltar a ser um centro musical, e permanecer com esse título até o momento.

Com o surgimento de várias bandas no cenário recifense, gravadoras como Sony, Virgin e outras famosas, deram início a uma contratação de bandas que se incluíam nesse cenário Mangue.

Notáveis bandas do gênero manguebeat incluem Mundo Livre S/A, Mombojó, Cordel do Fogo Encantado e Nação Zumbi.

Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Manguebeat