Crianças que trocam mensagens
pelo celular falam e leem melhor
Pesquisa britânica indica que uso do SMS não é tão prejudicial quanto os pais pensam
Um estudo publicado nesta quarta-feira (20) pela British Academy revela que crianças que têm o hábito de trocar mensagens de texto pelo celular (SMS) falam e leem melhor que as outras.
Os pesquisadores concluíram que uma criança com hábito de digitar palavras abreviadas como “vc” em vez de “você” geralmente sabe como escrever a maneira correta da palavra, algo que sempre preocupou muitos linguistas críticos dos textos enviados por SMS.
Pais e professores também se preocupam porque é cada vez mais comum que as crianças usem a escrita abreviada em redações e lições de casa.
A amostra estudada tinha estudantes de oito a 12 anos de idade e entre eles, os que mais usavam serviços de SMS eram os que apresentavam menos problemas em ler e falar durante as atividades em sala de aula. Mas não foi encontrada qualquer relação com a frequência do uso de SMS e melhoria na habilidade de escrever dentro dos padrões cultos da língua inglesa.
Clare Wood, especialista em psicologia do desenvolvimento da Universidade de Coventry, no Reino Unido, disse ao jornal britânico The Independent que se surpreendeu com o resultado.
- Primeiro estudamos para verificar a relação entre uso de mensagens de texto abreviadas e a alfabetização após destaques negativos sobre o assunto divulgados pela imprensa. Ficamos surpresos ao ver que não apenas há forte associação, mas que o uso desse tipo de mensagem [SMS] ajuda no desenvolvimento da consciência fonoaudiológica e habilidade de leitura.
Muito interessante Dorinha.....Os professores precisam saber disso e quem sabe utilizar nas aulas de alguma forma os celulares.
ResponderExcluirBeijos
Ana de Fátima
Interessante Dora, principalmente porque vemos que a resistência para utilizar as tecnologias é uma problemática global, o Reino Unido também enfrenta conflitos quanto ao uso das tecnologias, principalmente o celular, tema da reportagem. E desmistificar a problemática da escrita das palavras, que pode ser incorporada pelos alunos, mas se fosse assim, nós professoras "tecnológicas" também teríamos dificuldades quando escrever certo. Mas sempre estamos cientes de que a reflexão sobre o que se lê e se escreve é imprescindível.
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